segunda-feira, junho 26, 2006

Profissão: Boemia

# Helder, o que você faz da vida?
Sou economista e trabalho atualmente no Sebrae, onde sou assessor da diretoria. Eventualmente, desenvolvo atividades como produtor cultural.


# Você tem um site com um roteiro da programação da noite alternativa baiana. Como é que surgiu essa idéia? Você já era um boêmio e resolver organizar a agenda para todo mundo? Ou não. Não é nada disso.
Sim, o site www.aldeianago.com.br. Ele é resultado de um pouco de tudo isto. Por circular nos eventos culturais e políticos da cidade, tornei-me conhecido desde os tempos em que era estudante universitário. Fiz muitas festas e me envolvi em alguns empreendimentos culturais durante os anos 90. Desde então muitos amigos ligavam pedindo sempre pedindo sugestões sobre aonde ir, qual a festa do fim de semana, essas coisas...

Com a internet passei a receber muitos convites e dicas sobre os eventos culturais e comecei a reenviá-los para os amigos. Como isto começou a dar resultado, cresceu tanto meu mailling, como o recebimento de material de divulgação enviado pelos produtores. Para não encher a caixa de mensagem dos amigos, criei a Agenda Cultural Nagômail, juntando todas as dicas recebidas em um único e-mail que era enviado semanalmente para o meu mailling que já chegava nesta altura a quase 5 mil pessoas, e uma parte delas reenviava a Agenda para outras.


Em determinado momento, o Comitê Gestor da Internet, no Brasil, decidiu tratar como spam o envio de mensagens para mais de 50 pessoas e impôs uma série de restrições, o que dificultou sobremaneira a remessa de emails, e aumentou substancialmente o tempo dedicado para a remessa da Agenda. Não dava mais para conciliar o tempo dedicado com meus compromissos profissionais e pessoais. Então, incentivados por amigos, decidi criar o site, para ao menos manter a Agenda na web até poder retomar a remessa da Agenda. No momento estou estudando a retomada da newsletter. Estou em busca de patrocínio para isto.


# Na noite você parece ser uma pessoa pra cima, bem humorada, divertida. No dia a dia, como é que é? Qual é a sua rotina?
Procuro manter meu humor e astral mesmo nos momentos de estresse, embora nem sempre com sucesso (risos)...

No dia a dia, minha rotina é a de um executivo (risos)... De repente, você pode me encontrar de paletó e gravata numa reunião com outros profissionais ou participando de eventos, representando a instituição que trabalho. Eventualmente viajando para acompanhar os projetos com os quais trabalho na área de desenvolvimento rural sustentável e agronegócios.


# Durante o dia, para onde você vai?
Em geral, estou trabalhando a partir da 9 até por volta das 19h.


# E à noite, qual é o seu lugar preferido?
Depende do dia ou da programação, mas em geral segue ai um roteiro, que pode ser mudado a qualquer momento.

Nas sextas, pra começar a noite frequento o Pátio do ICBA, ali na Vitória, onde acontece uma jam session com participação dos melhores músicos de jazz, bossa, blues... E agora, nos tempos do forró, dar uma esticada até o Bar Santa Maria, no Largo de Santana, pra dançar ao som da A Volante do Sargento Bezerra. E para terminar a noite, dar uma esticada até a Borracharia pra ver os amigos e curtir um rock.

Já no sábado, adoro bailar una salsa no Alphoria, no Santo Antônio Além do Carmo. Mas também posso ser encontrado lá Café Ateliê, chamoso espaço cultural de São Caetano para ver o rock dos meninos do Órbita Zero ou o pop de Zanara Rabelo. Essa dica foi da Di Pimenta, jovem jornalista que ali reside.

A Záuber, o Seven In, e mais recentemente o Barraco, ali na Barra, também me atraem com frequência. Gosto da programação moderna e dançante que têm rolado por lá. Mas o Miss Modular e Casarão Santa Luzia fazem falta. E ai, Nikima ! Tá na hora de retornar com o Santa Luzia.

Nas terças, ouvir o som de Gerônimo é quase uma obrigação de santo de casa. risos...
Mas quando chega o verão, a pedida mesmo é ver Peu Meurray e Banda Papa Jaca Soud, com seu caldeirão musical "afrofunksambabossa" no Galpão Cheio de Assunto, ali na Djalma Dutra. Ou então cair no samba de senzala da Banda Kissukilas, na avenida Vasco da Gama.

Se é para tomar uma cervejas geladas, bom mesmo é dar uma chegada na Casa da Mãe, recentemente inaugurada no Rio Vermelho, em frente ao monumento a Iemanjá. E de brinde ainda ouvir uma boa música na voz de Stela Maris, Luciano Bahia, e outros tantos jovens talentos que por ali circulam. E de vez em quando passar pelo França, Extudo ou Póstudo pra curtir o som do Paulinho Andrade Trio e bater um papo com os amigos.

# Que lugar você evita aqui em Salvador? Por quê?
Ah, tenho que concordar com Luciano Matos. Quando fui ao Fashion Club ver o show da minha querida amiga Carla Visi, me senti um peixe fora d'água. Café Cancun, idem. Ir ali, só em momentos especiais ou para ver bela Letícia Quessada. Mas nada contra, frequentemente divulgo na Agenda eventos que acontecem nestes locais.


# Que tipo de baiano é você?
Tipo, eu ? São vocês que podem dizer qual é a do tipo aqui... risos. Será que vocês estão querendo me enquadrar numa "tribo" qualquer ? risos

# As pessoas aqui em Salvador parecem que se recolhem mais depois dos 30 anos. São poucos a freqüentarem shows, festas noturnas. Você, graças ao bom Deus, dá exemplos constantes de animação e vitalidade. Como é que você acha que os mais jovens te vêem? E os mais velhos?
Os mais jovens em geral me recebem muito bem e muitos se tornam meus amigos. Os mais velhos me perguntam como é que faço pra estar nas baladas, como se bastasse mais que disposição e vontade de viver. Da minha geração, um dos poucos que encontro é o Charles, do antigo Berro D'água.

# Tanta experiência como boêmio devem te dar um panorama interessante da noite em Salvador. Você consegue traçar um paralelo de uma evolução? Como eram as coisas quando você tinha 20, 30, 40 e como são agora aos 50?
Aos 20 anos, estava na universidade, participando do movimento estudantil e lutando pela recriação das organizações estudantis - os Diretórios Acadêmicos - que haviam sido fechados pela ditadura militar. Mas meu lema então já era "política e prazer". Então começamos a fazer nossas festas universitárias. O point de então era o ICBA, único ambiente na Bahia, onde podia circulavar livremente o debate político e cultural da cidade, e onde eram montadas peças e exibidos filmes banidos do circuito comercial. Não era incomum sairmos do ICBA direto para a Ladeira da Montanha, pra dançar música brega e tomar todas.

Bons filmes também podiam ser vistos na sessão de arte do Cine Tamoio, depois sucedido pelas sessões do Cine Politeama e Cine Rio Vermelho, onde foram realizados os principais festivais de cinema de então.

A praia da era a dos Artistas, na Boca do Rio, onde nos reuniamos para marcar a festa da noite. E depois passar pelo Divelos, restaurante caseiro que funcionou no Alto do São Francisco, e que servia uma deliciosa salada de bacalhau e o melhor tira gosto de acarajé da cidade, e que tinha entre os seus clientes, Caetano, Gil e tantos outros nomes do meio artístico baiano.

Casas noturnas, umas poucas, como Berro D'Agua e depois Dose Dupla, capitaneados por Charles; O Bar do Beto, no Pelourinho recém reformado e palco das filmagem de Tendas de Milagres. Dali, o caminho era curto para a Gafieira comandada pelo saudoso maestro Vivaldo da Conceição, que funcionava na Associação dos Guardas Civis, na Baixa dos Sapateiros.

Essa era a cidade e o ambiente em que nós, os contestadores, estudantes, intelectuais, jornalistas, artistas, atores, cineastas, anarquistas e desbundados, viviamos, bebiamos, fumávamos e curtiamos festivais de cinema, de teatro, as festas e os shows que agitavam e embalavam os sonhos desta geração. É proibido proibir, bradou Caetano na Concha Acústica do TCA.

Enquanto isso a censura mandava ver e os militares também. E armaram atendados no Show de 1º de Maio no Rio Centro e na OAB. A imprensa alternativa e o jornal Em Tempo, publicava a lista de torturadores do regime militar e em troca tinha suas sucursais destruidas a bombas, além das bancas de jornais que ousavam reveder a publicação. As prisões, torturas e desaparecimentos ainda aconteciam mas a luta por liberdade e democracia crescia no Brasil. As greves dos metalúrgicos do ABC paulista, liderado por Lula colocava o regime contra a parede.

Algum tempo depois, aparecem novos bares, tais como A Dama da Noite e Raio de Sol, e outros no no Rio Vermelho. O Hábeas Copus faz sucesso na Barra.

Ao lado, havia outra cidade, a dos pretos e pobres, onde nasciam e cresciam os Ilês, Oloduns e Malês, e que se manifestavam durante as festas de largo, no reveillon da praia da Boa Viagem e, principalmente, durante o carnaval, ao som das batucadas, charangas e afoxés. A barraca de Juvená e a Guanabara reinavam. Era ai que os rebeldes se encontravam com os pretos, pobres de dinheiro mas ricos de cultura. A praça Castro Alves era do povo. E todos juntos atrás do trio elétrico, com chuva, suor e cerveja, fazendo sacudir o chão da praça. Ai, imperava Moraes e sua preta pretinha.

Havia também uma terceira cidade, o bustantão burgues e elitista, do Largo da Graça, da Barra Avenida, do Bloco do Barão, que discriminava e não se integravam às outras duas. A noite era vivida na tradicionais boites e bares de gosto duvidoso para nós. Mas eles se divertiam mesmo era nos clubes, no Yacth, no Bahiano, e no Club Português. Neles, preto só entrava se fosse pela porta da cozinha, com cantou o ministro Gil.

Mas a vida continua e a cidade também. O regime militar pressionado concede anistia parcial e o regime se democratiza lentamente. Em 1979, recebo Juca Ferreira, atualmente Secretário de Ministério de Cultura, e Milton Fernandes que juntamente com Gabeira voltam do exílio na Suécia. As mulheres, seduzidas pelos ideais feministas de Bevouir e outras, reinvidicam seus espaços e cidadania. Os pretos pobres se organizam nos MNUs e em torno dos Blocos Afro. Luis Mott coloca as "manguinhas" de fora e funda o GGB. É o tempo da amizade colorida. O chic era frequentar o Zanzibar, das pretas Ana Célia e lady Neide e que funcionava no Garcia. Perto dali, no Campo Grande, o papo e o copo corriam soltos, noite a dentro, no Quintal do Raso da Catarina. Foi alí naquelas escadarias ingrimes que conhecí Élia, um amor que passou, marcou a minha vida e me deu Helder e Naian, meus queridos filhos.

A economia baiana se desenvolve com o Pólo Petroquímico e o CIA. A classe média cresce e vai ao paraíso. E eu vou junto (risos). Fiz concurso para uma grande empresa que se instalava na Bahia, a Caraíba Metais e me torno um técnico prestigiado. A democracia se amplia e cresce a organização sindical. Fundamos o PT aqui na Bahia.

A classe média cai na noite. O Bilhostre, o Bar 68 e outros revigoram a noite do Rio Vermelho. A salsa da Rumbahiana, tendo a frente o saudoso Klaus Jack, aporta no Vagão e logo atrais nomes promissores como Carlinhos Brown, Orlandinho e outros tantos percusionistas baianos. O Rio Vermlho torna-se o point de lazer noturno da cidade. Surge o undergrouwd Paris Latino, de Jean Claude e a Tulha Natureza, que logo deu lugar ao Ex-tudo pois Getúlio, cansado de se virar com seus livros na Literarte, decidiu trazê-los para a mesa e deu no que deu. Isto é, deu no Pós-tudo e ambos se tornaram os principais pontos de encontros dos boêmios, artistas e jornalistas da cidade.

Com a democracia e a liberdade reconquistadas, floresce o número de bares e festas na cidade. Um grupo de amigos criou o Barbaridade, um bar comunitário e ambulante, onde aconteciam festas semanais e todos contribuiam para cobrir seus custos. Os amigos da Somaterapia de Roberto Freire cria a comunidade de Aroeira em um sítio na Estrada Velha do Aeroporto. Era festa quase todo santo dia embora ninguém ali fosse santo...risos. Mas por lá passaram nomes como e de Ronald Lobato, atual superintendente do IMIC e o da amiga e festejada estilista Márcia Ganen. Maurício, o mau mau, e sua trope do Sem Tesão não ha Solução, criam o Tesão e Cia e a noite se expande até Piatã. Alí pertinho, no condomínio residencial Jardim Gantois, organizamos, a já tradicional festa dos Escorpianos que leva mais de 2 mil pessoas. Logo depois, o morador e escorpiano Antonio Diamantino, atual Diretor do Liceu é convidado a procurar nova moradia...risos. Dadas as retrições as festas foram acolhidas num sítio a beira mar no Condomínio Busca Vida, na Estrada do Côco, e ali passamos a fazer nossas pré-raves.

Em 88, fiz minha primeira viagem ao Caribe, Cuba, Jamaica, Martinica, Barbados pra ouvir e dançar na fonte os sons que embalavam a festas que fazíamos quase todos os fins de semana aqui em Salvador. No retorno da viagem, fizemos uma memorável festa "rave", na Estrada Velha do Aeroporto, Km 7,5, no sítio onde viviam o escultor Chico Augusto e Leo Nobre, então estudante e hoje arquiteto e artísta plástico. A música enloqueceu os cerca de 400 amigos presentes. Pura bomba. O reggae de Bob, Stell Pulse, Peter Tosh e Jimmy, UB 40 e Judy Mowatt; o calipso de David Rudder e Arrow; a cúmbia de Los Bravos de Barraquilla; a salsa de Célia Cruz, Tito Puente, Oscar de Leon, Ruben Blades e a turma da Fania All Stars; o zouk do Kassav; o merengue de Luis de Kalaff; o pop-africano de Fela Kuti, Touré Kundá e Manu Dibango; mas também o que rolava de melhor na música brasileira de então, como o afro-brasiliense Obina Shoc, Cazuza, Ultrage e tantos outros.

Em 1989, sai do Pólo para cair de vez na noite. Juntamente com João Américo e Marcos King, montamos o Zouk Santana, uma pequena revolução na noite baiana de então. O projeto arquitetônico e o conceito eram avançados e contemplava vários ambientes abertos. Pela primeira vez a música do Ilê Aiyê tomou conta da pista de uma casa noturna na cidade. Ali se tocavam todos os ritmos dançantes brasileiros, africanos, europeus, americanos e latinos.

Em 1991, parto para novos empreendimentos e inauguro o Barô Pelô, no Pelourinho pré-reforma. A Rumbahiana animou a festa, e o Largo do Pelourinho retomou o brilho depois de anos de esquecimento e abandono. Nascia o templo da música negra de então. tornou-se logo o ponto de encontro dos ousados e abusados. O grupo de afro-jazz Agbeokuta, liderado por Cícero Antônio e Jorjão Bafafé faz ali sua estréia nos palcos baianos, assim como Rás Ciro Lima, Gil Félix, Papoula e tantos outros nomes da emergente cena do reggae baiano. A banda Lumiar, antes de tornar-se Cidade Negra também subiu em seu palco. Márcio Mello e sua banda Rabo de Saia idem. Além deles tambem pisaram por lá grupos musicais da Colômbia, Suriname e de Trinidad y Tobago. Logo depois, o Olodum fez sucesso e se estabeleceu a conexão Olodum-Barô que só terminava às 6 da manhã nos dias de ensaio.

Neste mesmo ano, junto com Elia e Ary da Mata, abrimos o Mata Hari, também no Rio Vermelho, que tornou-se a referência para os novos grupos de rock que fervilhavam na cidade mas que não encontravam espaço para suas apresentações.

O Governo Collor, apoiado pelo PFL de ACM e PSDB de FHC, faz o confisco da poupança e a classe média emergente deixa o paraíso e também de sair na noite por falta de grana no bolso. E a noite, naturalmente escura, ficou ainda mais...risos. Saí da noite depois de quatro anos de mal dormidos e de muito trabalho, mas também de muita diversão e novos amigos.

Com o Plano Real, já no Governo FHC, a classe média volta a respirar, e a vida noturna da cidade retoma a sua vitalidade. Novos espaços se abrem em toda parte. A cidade ganha um Pelourinho reformado que serve de palco para a apresentação de novos grupos musicais.

Os pretos e pobres ganham mais espaço na produção musical e muitos nomes dai oriundos ganham a mídia.

Brown torna-se o grande nome da música baiana e nacional. Olodum toca com grandes nomes do show business internacional. O Ilê, Araketu e Margarete também ganham dimensão nacional e iniciam carreira internacional.

O Rio Vermelho se consolida como o bairro boêmio: surgem o Café Calipso, o Havana e tantos outros e, mais tarde, o Miss Modular. O Comércio se revitaliza com o Pega e o Casarão Santa Luzia; e, altualmente, com a Zauber e Zanzibar.

Ainda não temos uma cidade onde o lazer, a cultura e a vida noturna possam ser usufruidos por todos, mas certamente somos mais abertos. O apartaid não é tão explicito, apesar das cordas e camarotes que substituiram os antigos Clubes da elite.

A música axé e o pagode, ainda predominantes, perdem espaço. Surgem dezenas de bons grupos musicais de rock, pop, hip-hop, afro-pop-baiano e outras saladas musicais. Os Djs Telefunksoul, Nikima, Marcela Bellas, El Cabong, Dexter, Maira e Sartorelo, Adriana Prates, Spliter, Ruy Santana, Geórgia, Pingo e tantos outros dão um novo tom a música de pista.

E assim, a cidade vai se transformando e, com ela, a noite, cada vez mais eclética, diversificada e ampliada, tanto em público quanto no número de espaços.

# Você faz parte de alguma tribo? Você acredita em tribos?
Não propriamente. É fato que nas grande cidades as pessoas, talvez fugindo da solidão, procuram estabelecer algum tipo de identidade uma com as outras a partir de elementos da cultura, como a moda, gosto musical, dentre outros. Sou suficientemente eclético para me enquadrar nisso.

# Fora a cozinha de sua casa, qual é o canal em que come coisas gostosas aqui na cidade? A propósito, você gosta de comer o que?
Adoro comer moqueca de arraia ou a salada de camarão de Donana, inicialmente um boteco no fim de linha de Brotas e hoje, um respeitável restaurante de comida baiana.

De vez em quando, umas esticadas pra comer uma moqueca de peixe no Restaurante Luar, na Pedra Furada ou pra curtir o por do Sol da Baía de Todos os Santos.

Na segunda-feira, cai bem uma Miragaia (ou Miraguaia?) no largo do Garcia, dica do amigo jornalista e professor Fernando Conceição, que adotei de bom grado.

Nas madrugadas, nada melhor que o feijão ou o mocotó do Boteco da Biga, no Engenho Velho da Federação. Aqui a tradição já dura uns 30 anos.

Na área das Pizzarias, se destaco a Cia. da Pizza do Portela, no Rio Vermelho. No Pelô a deliciosa pizza do Aldo, na Rômulo e Remo, na rua das Laranjeiras.

Meus cantinhos prediletos para uma boa de Maniçoba, são a Casa da Mãe, ali em frente à Igreja do Rio Vermelho ou na Pousada La Habana, na Barra. Ambas, com tradição vinda das bandas de Santo Amaro da Purificação.

Não poderia deixar de citar o melhor restaurante natural da cidade, o Manjericão, ali na fonte do Boi no Rio Vermelho, onde tudo é só delícia. A comida, o ambiente, a música e as pessoas.

Minhas carnes prediletas são servidas no Boteco do França, especilamente o filé ao café paris, com batatas gratinadas ao molho de alho. A outra opção e o Filé do Juarez, no Mercado do Ouro, Comércio.

Mas se a carne for de frango, o melhor da cidade continua sendo o do Moura, na Boca
do Rio, desde os bons tempos da Praia dos Artistas.

# Que música você ouviu hoje, alguma hora? Gostou de ouvir essa música?
Estou ouvindo o novo CD do Orishas, El Kilo, tudo de bom.

# Algum filme provocou um rebuliço em você?
Ah! Muitos filmes, Veludo Azul de D. Lynch, A Queda do Império Americano, só pra exemplificar.

# O que te faz feliz?
Estar na companhia de amigos agradáveis, namorar, dançar, ouvir música, cinema, praia, viajar e trabalhar no que gosto.

# Qual é o teu time? Seu signo? PFL ou PT? PSDB ou PSol? Crente ou ateu?
Time? Seleção Brasileira.
Signo: Escorpião com ascendente em Sagitário
Partido: PT sem medo de ser feliz. Estou com Zeca Baleiro e o ator Paulo Betti. A armação da direita brasileira para destruir o governo Lula e o PT saiu pela culatra. Lula está mais forte e o PT mais unido.

# Ainda tem espaço para sonho e utopia?
Sim! Temos muito a fazer por um mundo melhor, uma sociedade com mais justiça e equilíbrio, sem tantas desigualdades econõmicas, sociais, raciais, culturais e de gênero. E também cuidar para a preservação e equilibrado do meio-ambiente.

# Pra acabar, quem é que você vê aonde vai? Que é que acha dessa pessoa?
Jorge Washington, ator de bando de Teatro Olodum, um cara que pode ser encontrado, à noite, numa festa na Ribeira ou em Itapoã, passando pelo Pelô, pelo Beco da Gal. O homem está em todas as "quebradas"

1 Comments:

Blogger Isa Lorena said...

Me explica aí: como é que uma idéia tão legal tá parada assim moças???

9:15 AM  

Postar um comentário

<< Home